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ARTE NO CANTEIRO usa teatro para falar de segurança

De 30 de março de 2015 Sem comentários

A proposta do projeto é educar de um jeito divertido, apresentando a arte do teatro, muitas vezes pela primeira vez, ao trabalhador

ARTE NO CANTEIRO

Projeto usa o teatro para previnir acidentes de trabalho – Foto: Dudu Schnaider

A saúde e a segurança do trabalhador são duas das maiores preocupações da indústria da construção civil, um dos setores que mais emprega no Brasil. De acordo com dados do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (AEAT) da Previdência Social, nos últimos anos, o setor vem registrando uma média superior a 60 mil casos. Para reduzir as ocorrências e conscientizar os profissionais da importância do uso do equipamento de proteção individual (EPIs) e outros cuidados, um projeto vai levar teatro e quadrinhos às obras obras. No total, o ARTE NO CANTEIRO fará 74 apresentações em Belo Horizonte e Região Metropolitana. A primeira delas acontecerá nesta quinta-feira (05/03), no empreendimento Parque Fontana Biasca , da Construtora MRV, em Contagem.

O projeto, uma realização do Serviço Social da Indústria de Minas Gerais (Sesi-MG), é de autoria da publicitária Lina Rosa Vieira. De acordo com Lina, a intenção do ARTE NO CANTEIRO é educar de um jeito divertido, apresentando a arte do teatro, muitas vezes pela primeira vez, ao trabalhador. “O que eles veem no palco são situações do dia-a-dia da obra, retratadas de uma forma lúdica”, explica. “As apresentações são bem dinâmicas e movimentadas, de forma a reter atenção do trabalhador e, ao mesmo tempo, enfatizar a mensagem que queremos passar em relação à segurança no trabalho”.
Com duração de 45 minutos, a apresentação faz do teatro de objetos ponto forte para envolver o trabalhador. Assim, seus instrumentos de trabalho ganham vida e se tornam os personagens da história como o “Pedro Desempenadeira”, o “Balde Miro” e a “Pá Trícia”. Equipamentos de segurança também fazem parte da encenação a exemplo de luvas, capacetes, botas, óculos de proteção e cintos de segurança. Para movimentar ainda mais o enredo, tem a participação das furadeiras, das britadeiras, das pás, dos caixotes, dos carrinhos e dos tonéis.

A direção do espetáculo é de Osvaldo Gabrielli. Ele ressalta que o projeto é uma experiência muito rica com um público inusitado. “Personagens criados a partir de objetos comuns na construção civil como carrinho de mão, balde, caçamba, pá e desempenadeira encarnam situações que levam os trabalhadores a refletirem sobre a segurança em suas próprias rotinas”, afirma. Ao fim das encenações, cartilhas são distribuídas, contendo a história da peça na linguagem dos quadrinhos.